No post da semana passada falei das três principais especialidades em economia – microeconomia, macroeconomia e econometria.
Na sequência desse post, trago-vos dois pequenos textos do FMI (clicar aqui e aqui) que explicam o que é um modelo económico, para que serve, quais as suas limitações e como, para ser útil às decisões de política económica, tem de recorrer de forma simbiótica à teoria económica e à estatística (econometria é estatística aplicada à economia).
Um modelo económico é um conjunto de equações matemáticas que tem por objectivo simplificar o sistema complexo que a economia é, de forma a identificar regularidades (a ordem ou lógica no meio de um aparente caos). Tal como um mapa da realidade que apenas é útil se omitir alguns detalhes (pensem no mapa do Metro de Lisboa), um modelo económico é fundamentalmente subjectivo, ao decidir focar este ou aquele comportamento ou fenómeno excluindo outros.
As economias modernas são mecanismos extremamente complexos que têm de determinar como usar os recursos disponíveis que são sempre escassos (em quantidade limitada face a desejos ilimitados) e depois distribuir o que é produzido por estes recursos entre um enorme número de agentes económicos que agem de forma interdependente, i.e. o comportamento de um pode afectar o comportamento e o bem estar de outro.
Neste enquadramento, o que é uma teoria económica? É apenas uma narrativa, uma história, uma explicação (entre muitas outras possíveis) para a relação entre diferentes variáveis económicas.