Vejam este link para uma entrevista com Robert Rubin (Citibank e Goldman Sachs) sobre a crise de dívida soberana na Europa.
A certa altura ele diz que esta crise é o resultado de uma falha de mercado, na medida que as taxas de juro foram demasiado baixas para certos países. Discordo. O problema esteve no desenho institucional e não no mercado. Polémico? Certamente. Uma entrevista que vale a pena, com a qualidade de Charlie Rose.
Uma historia em vários capítulos (FALHAS)
1. Taxas de juro demasiado baixas foi uma falha de politica monetária, não um a falha do mercado
2. A falha do mercado foi o “mispricing of risk”, na medida em que os bancos, os investidores e as agências de rating igonoraram o sobre-endividamento de certos dedevedores e continuaram a promover o credito facil ate’ ser tarde demais
3. Permitir aos bancos alemães atingirem alavancagens de 30 a 40 vezes para reciclar e alimentar o superavite comercial alemão foi uma falha da regulação prudencial a cargo dos bancos centrais nacionais
4. A falha de desenho institucional consistiu sobretudo em focar os “critérios de convergencia de Maastricht” no défice orçamental e não nos desiquilibrios externos
5. Agora temos a falha em recapitalizar os bancos
6. E sobretudo a falha em aliviar efectivamente a divida dos devedores sobre-endividados, na medida em que os “resgates” apenas permitem substituir os credores privados por credores oficiais…
E caso para dizer, o que, e quem, não falhou…