Fez ontem seis meses que fiz aqui três previsões para 2012-2013. Está na altura de ver que desenvolvimentos houve neste semestre.
Sobre a eventual saída da Alemanha da área euro. Bem, o euro continua a existir sem que algum dos seus membros o tenha abandonado (a Grécia vacila vacila mas continua). Quanto à possibilidade de ser a Alemanha a sair do euro, já começa a haver mais analistas como eu que vêem o que eu acho ser relativamente óbvio. O mais recente exemplo é Harry Dent (aqui).
Usando uma simples aritmética de custos e benefícios, chegará a altura em que a Alemanha decidirá sair simplesmente porque os custos de permanecer excedem os benefícios. Por várias razões: a) Tendo-se financiado a uma taxa muito baixa em euros, se fizerem a transição para uma nova moeda que será mais forte, ganham significativamente porque as suas dívidas foram contraídas numa moeda relativamente mais fraca e representam menos em termos da nova moeda; b) Fazer o bailout sucessivo de vários países é algo custoso (em termos orçamentais e monetários), comporta riscos e impõe uma austeridade a que os visados se opõem; e finalmente c) Apesar de ser verdade que fazer a transição para uma nova moeda mais forte implica ter de fazer um novo ajustamento porque as exportações não serão tão competitivas em termos de custos como dantes (com um euro mais fraco que a nova moeda), passado um período de algum desemprego, a Alemanha ganhará competitividade através da inovação e da sua ética de trabalho e ultrapassará os Asiáticos.
Sobre a desaceleração económica da China. É agora muito claro para todos que a economia chinesa está a desacelerar. Já são sete meses consecutivos de contracção do sector industrial …
Sobre a evidência do próximo Primeiro-Ministro em Portugal ser do sexo feminino. Ainda não há novidades neste campo, mas ainda é muito cedo. Temos até ao final de 2013 para verificarmos se se concretiza ou não esta previsão ;).