Na página 38 do Documento de Estratégia Orçamental para 2013-2017 (disponível aqui) encontramos as projecções oficiais mais recentes para o aumento das despesas públicas relacionadas com o envelhecimento da população. Como já sabemos, as pensões são a rubrica mais significativa que absorveu 12,5% do PIB em 2010.
Curioso é que o Ministério das Finanças e da Administração Pública espera que a despesa pública com pensões (que inclui Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações) aumente apenas 0,2 pontos percentuais do PIB de 2010 até 2060.
Ora, das duas uma: ou estas projecções subestimam muito o impacto que o envelhecimento da população terá sobre o sistema público de pensões (apostaria nesta alternativa), ou então o envelhecimento demográfico terá um impacto pequeníssimo e, nesse caso, vale a pena perguntar por que razão o Governo insiste em reduzir pensões de forma estrutural.
Estou perplexo!
Esses estudos partem de pressupostos completamente errados ou nunca poderiam chegar a essa conclusão, uma vez que Portugal já sofre de “falta de Japoneses”: http://mais1economistadebancada.blogspot.com/
ou
http://www.economonitor.com/edwardhugh/2013/05/12/does-portugal-have-its-own-shortage-of-japanese-problem/
Pois!