Quando PIB não é sinónimo de crescimento

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Um dos erros mais frequentes que encontro é a confusão que muitas pessoas fazem entre um aumento do PIB e o fenómeno de crescimento económico.

Para explicar a diferença, pensei na seguinte caricatura que dá que pensar.

Portugal tornou-se nos últimos tempos neste país onde se multiplicam os jantares de despedida de amigos e colegas que vão emigrar. A cada um e uma que faz parte da geração de jovens mais qualificada de sempre compramos uma prenda. Portanto, o PIB expande-se com a despesa que fazemos em prendas e jantares para comemorar o que efectivamente será uma redução do capital humano do país, com graves custos para o potencial de crescimento de Portugal. Já perceberam a diferença?

De facto, o PIB é apenas uma medida da actividade económica. Não serve como medida de bem-estar, nem tão pouco como indicador do aumento do nosso potencial para alcançar um maior nível de rendimento no futuro.

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Sobre Pedro G. Rodrigues

Investigador integrado no Centro de Administração e Políticas Públicas (CAPP) e Professor Auxiliar do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade de Lisboa. Doutorado em economia pela Universidade Nova de Lisboa. Email: pedro.g.rodrigues@campus.ul.pt
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3 respostas a Quando PIB não é sinónimo de crescimento

  1. Ana Paula Cardoso diz:

    Pelos vistos quem não percebe são os nossos governantes!!!!!!! Que tal o Professor dar-lhes umas aulas de economia (só o básico, chega)…….

  2. Fabiana Fão diz:

    Got it! 🙂

  3. bravo1951 diz:

    Não se deseja isso!
    É que eles teriam que aprender primeiro a tabuada, depois a lógica, de seguida a aritmética, depois a álgebra elementar, mais umas equações do 1º grau à moda do antiga, e fazer os trabalhos de casa todos os dias, não copiarem nem fazerem trapaça, nem acusarem os outros meninos das maldades que fazem, nem dizerem mentiras, e tudo isto junto nem o meu saudoso professor Miranda da minha primária nos anos 50 e a sua inseparável e muito ligeira menina dos 7 olhos conseguiria fazer…
    Quem torto nasce nunca se endireita!…
    😉

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