No curto prazo, o óptimo é reduzir o défice pela via fiscal

inde

Um estudo recente sugere que, afinal, é mesmo óptimo que se reduza o défice orçamental mais pelo aumento da receita do que pela redução da despesa. No contexto actual, em que a taxa de juro directora do Banco Central Europeu está muito perto de zero, uma consolidação orçamental mais baseada no aumento dos impostos (como foi feito em Portugal, pela mão de Vítor Gaspar) do que no aumento da despesa acaba por ter um efeito adverso sobre o PIB que, assim, é mais pequeno do que se fosse a despesa pública a grande força motriz. Já no longo prazo, as coisas invertem-se e é mais penalizador resolver o problema das finanças públicas estruturalmente desequilibradas através de um aumento dos impostos – é mesmo preciso que a despesa caia, mas não no curto prazo. O estudo sugere, assim, que uma boa estratégia de consolidação orçamental no contexto em que a política monetária se encontra passa por um choque fiscal (aumento de impostos) no imediato e uma redução gradual mas persistente da despesa. 

Advertisement

Sobre Pedro G. Rodrigues

Investigador integrado no Centro de Administração e Políticas Públicas (CAPP) e Professor Auxiliar do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade de Lisboa. Doutorado em economia pela Universidade Nova de Lisboa. Email: pedro.g.rodrigues@campus.ul.pt
Esta entrada foi publicada em Finanças públicas. ligação permanente.

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.