Como o tempo e a paciência são cada vez mais escassos para ler documentos de mais de 200 páginas, decidi criar uma nuvem das palavras mais usadas no Relatório do Orçamento do Estado para 2015. Quer o Relatório, quer a Proposta de Lei estão disponíveis aqui.
Conclusões baseadas apenas na nuvem: No OE domina a despesa social, a carga fiscal continua muito elevada (vejam o tamanho das palavras ‘taxa’ e ‘imposto’, há incerteza quanto ao futuro (vejam como ‘estimativa’ e ‘riscos’ aparecem várias vezes), o estímulo à economia dá-se pela via das empresas e privilegiando ligeiramente mais o investimento do que a criação de emprego (a palavra ‘desemprego’ é pequena), e finalmente, apesar de muito se falar em recursos, a reforma do Estado é algo que não parece existir.
E o único incentivo para o desagravamento do desemprego é continuar a alimentar o emprego precário, ie, a dar subsídios às empresas para contratação de jovens com menos de 30 anos através de estágios que acabam ao fim de 12 meses,( os desempregados mais velhos não têm hipótese alguma de conseguirem reentrar no mercado de trabalho) em vez de criarem politicas de incremento à economia e ao investimento.