Não é a primeira vez que vos falo das limitações do PIB como objectivo da política económica (ver este link).
Ontem saiu um interessante artigo na revista The Economist que aproveita a quadra natalícia para revisitar o tema. Uma leitura que vale a pena – saibam o que descobriu William Easterly em 1999 e o que o Nobel Amartya Sen defende como alternativa ao PIB.
De qualquer forma, índices alternativos ao PIB têm o seguinte problema: como determinar os pesos relativos que associamos a mais do que uma variável, quando levamos em conta por exemplo a esperança de vida e a desigualdade de rendimentos? Neste momento, parece-me tudo ainda muito arbitrário.
Por outro lado, como é dito no texto – e eu subscrevo totalmente – “income helps people to lead more comfortable lives. Indeed, people in the ten richest countries in the world have a life expectancy 25 years higher than the people in the ten poorest. People with more cash can afford better education, more varied leisure activities and healthier food, all of which improve the quality of life.”
Deverá haver mais vida para além do PIB para os economistas? Certamente. Mas ainda não sabemos como medir tudo o que interessa …
Sendo um recursista (um resourcist é alguém que preza a boa utilização dos recursos acima de tudo), entendo que a missão do economista é desenhar instituições para que o maior número de pessoas possível gozem do maior bem estar possível. Afinal, é a isto que os economistas se referem quando falam em eficiência (mais economês) 🙂