O PIB nominal e a crise da dívida soberana na Europa

Encontrei a seguinte figura e fiquei a pensar que talvez, sim talvez, uma reduzida taxa de crescimento do PIB NOMINAL (i.e. incluindo o efeito dos preços) pudesse, através de um efeito mecânico, estar a criar tensões na área do Euro.

Pus-me a fazer umas continhas (sim, é isso que os economistas fazem quando querem saber a resposta a uma pergunta que os inqueita) e produzi o seguinte PDF:

A desaceleração do PIB nominal e a crise das dívidas soberanas

A conclusão a que cheguei (vejam por favor o PDF, não acreditem simplesmente em mim) é que se o PIB NOMINAL cresce mais devagar então é necessário mais austeridade, mesmo que o desempenho real da economia (i.e., o crescimento económico) não tenha sido afectado. Será?

Em economia aprendemos a separar o nominal do real; afinal o que interessa é o desempenho da economia em termos reais (crescimento económico mede-se olhando precisamente para a evolução do PIB REAL ao longo do tempo).

Será que me está a falhar algo? O que acham?

A ser como deduzi, é uma não-neutralidade do PIB nominal …

Sobre Pedro G. Rodrigues

Investigador integrado no Centro de Administração e Políticas Públicas (CAPP) e Professor Auxiliar do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade de Lisboa. Doutorado em economia pela Universidade Nova de Lisboa. Email: pedro.g.rodrigues@campus.ul.pt
Esta entrada foi publicada em Miscelâneo com as etiquetas , , . ligação permanente.

2 respostas a O PIB nominal e a crise da dívida soberana na Europa

  1. Pingback: Anónimo

  2. Quando é necessário reembolsar dívida nominal, o que importa é a receita ou PIB nominal, é isso que importa na análise de crédito.

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.